sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Participação no Encontro Pedagógico com a oficina Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade TDAH e inclusão escolar



Quando se fala em TDAH é comum se fazer associações àquela criança que não para quieta, que é elétrica, que fala em excesso e incomoda a beça. Por mais que se procure esclarecer que o transtorno se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, e que a criança não precisa apresentar os três sintomas simultaneamente para ter o transtorno, o sintoma que continua sendo alvo da preocupação de pais e educadores é a hiperatividade.
 A criança que apresenta apenas o sintoma da desatenção vai passando despercebida porque o seu comportamento não chama a atenção, não incomoda. No entanto, embora a hiperatividade incomode os pais, professores e outras crianças é o único sintoma que tende a diminuir com a idade, apesar de muitos portadores de TDAH continuarem apresentando ao longo da vida, uma movimentação corporal excessiva e desnecessária.
Contudo, se com o passar do tempo a hiperatividade tende a diminuir, com a desatenção  o processo é contrário. Estudos referem e as experiências comprovam que com a idade e a vinda de atividades de maior demanda, como estudar e trabalhar, a dificuldade de atenção fica mais evidente e mais fácil de ser percebida por todos e pelo próprio paciente. Quando presente em maior grau provoca dificuldade importante no aprendizado e memória, retenções e abandono escolar, com consequências muitas vezes irremediáveis para outros setores como autoestima, relacionamento social etc.
Como sabedores de todos os prejuízos que esses sintomas, em associação ou isoladamente, causam ao portador e, sobretudo como cuidadores desses portadores, nos sentimos não só na responsabilidade, mas, na obrigação de chamar a atenção dos pais e professores para estarem atentos, principalmente neste início de ano letivo!
Por Francisca Maria Andrade
Psicopedagoga Clínica/ Especializanda em Neuropsicopedagogia
Coordenadora do Projeto de Intevenção TDAH na Escola



terça-feira, 7 de janeiro de 2014


Neurodesenvolvimento e Adolescência

É muito comum ouvirmos explicações leigas sobre o comportamento dos adolescentes e não raramente, elas vem acompanhadas de críticas excessivas que acabam rotulando-os e fazendo com que sintam-se culpados por situações sobre as quais não tem controle. Quando, na verdade, todos os "deslizes" cometidos nesta fase tão confusa de nossas vidas faz parte do neurodesenvolvimento normal do ser humano. As explicações cientificas para tanto, é que por não havermos desenvolvido ainda a racionalidade, agimos movidos pela emoção,  por ser esta a primeira área cerebral desenvolvida no ser humano e que está ligada diretamente aos instintos. Conclui-se portanto, que o agir por impulso, a busca pelo prazer e recompensa fazem parte da nossa programação genética e nada tem a ver com irresponsabilidade e/ou falta de caráter.