Para
Humberto Maturana, a aspiração mais profunda do ser humano é a necessidade de
apreciação. Sentir-se amado tal qual é (...). O fato de ser aceito libera em
mim tudo que há em mim. Já não esperar nada de alguém é equivalente a matá-lo e
esterilizá-lo. Já não será capaz de nada.
Em
uma época em que a ordem é incluir, a citação de Maturana nos remete a uma
profunda reflexão sobre a nossa prática como profissionais da educação,
conhecedores dos pilares que a alicerçam: aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a ser e aprender a conviver.
Partindo
desse pressuposto, “INCLUIR” não significa apenas permitir que o aluno que
apresenta necessidades educativas especiais ocupe o mesmo espaço físico que os
demais. Vai mais além. Também não significa levar uma atividade diferenciada
para que ele ocupe o seu tempo sem incomodar, porque dele, não se espera nada.
Incluir
é ACEITAR a limitação do outro. Perpassa
pela valorização do que o outro é capaz, e pela motivação por menor que seja a
conquista. É criar e disponibilizar as condições necessárias para que a
aprendizagem aconteça de acordo com as possibilidades e dificuldades de cada
um. Já que cada um tem o seu tempo, o seu ritmo e sua forma de aprender. Requer paciência, já que incluir é reabilitar
deficiências e estimular habilidades não pode acontecer de um momento para outro, como num passe de mágica.