segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Hostilidade. Por que as pessoas são agressivas?

                                    
Hostil

- Que se exprime de maneira agressiva ou que demonstra agressividade.

- Que denota desaprovação, inimizade: palavras hostis.


Sinônimos de Hostil

Adverso, agressivo, antipático, avesso, contrário, desagradável, invasivo e ofensivo.

Antônimos de Hostil

Afável, favorável, gentil e simpatizante.

Hostilidade

Durante o final de semana me peguei refletindo sobre o comportamento hostil. Por que em determinados momentos as pessoas são hostis umas com as outras? É possível tirar algum proveito de episódios prevalecidos pela hostilidade?

É fato que toda e qualquer experiência traz à nós a possibilidade de uma nova compreensão, de gerar um novo significado do conhecimento. Isso se aplica também às vivências mais difíceis, mesmo que essas contenham algum tipo de agressão.

Por outro lado, parece difícil justificar que um comportamento hostil seja necessário para o andamento de qualquer que seja a situação. Dentro da minha compreensão, faz-se possível sempre uma solução por outro meio, onde formas menos agressivas de comunicação podem ser elaboradas e expressas, alcançando assim um melhor resultado.

Normalmente a pessoa apela ao uso da agressão por não saber lidar com determinada situação, ou não querer participar da mesma. Olhando dentro de uma perspectiva do desenvolvimento humano, isso é lamentável. Ao evitarmos uma participação como aprendiz de qualquer nova experiência, estamos negligenciando nosso próprio processo de amadurecimento, pois são através dessas que encontramos novos conceitos e conhecimentos para nos adaptar e lidar mais adequadamente com todo o campo da vida.

Não estou dizendo que seja fácil e necessário lidarmos com todas as situações de frustrações da vida calmamente. Imagino que seja possível refletir sobre as sensações de raiva, angústia e necessidades de agressões quando essas vem à tona. Assim, faz-se possível compreender a si mesmo, encontrando uma justificativa do que gerou essas sensações, e quais seriam as possíveis soluções alternativas dessas.

A agressão dentro de qualquer diálogo faz com que o mesmo seja distorcido. Tanto o agressor como o agredido se exaltam, perdendo a linha plena de raciocínio vinculada ao afeto. Sendo assim, palavras podem ser ditas sem nenhum tipo de reflexão, como também podem ser interpretadas de uma maneira completamente distorcida. Creio que a hostilidade faz com que o processo de linguagem seja prejudicado, o que prejudicaria diretamente na relação para com o outro.

A verdade é que é difícil irmos contra à todos os condicionamentos realizados durante nossa vida. Nossa cultura proporciona uma condição de alienação. Desde a educação, até a influência da mídia em relação aos mais diversos tipo de relações e a própria família, nos induzem à alienação. Em paralelo, acredito que pela capacidade incrível do ser humano, a mudança dentro de um nível satisfatório de saúde é atingível e necessária. Todos temos a oportunidade de "melhorar" qualquer que seja nossa conduta. Basta refletir e agir de acordo com as reflexões.

Muito se fala sobre ética e moral, mas a verdade é que são conceitos distorcidos dentro da cultura ocidental. O foco desses conceitos na antiga Grécia (herdeira dos mesmos para nós), colocava a plenitude do desenvolvimento humano em relação ao bem-estar ao nível de uma cidadania em primeiro lugar, o que pouco se aborda hoje em dia. Ou seja, manifestar seus desejos de forma sadia, preocupando-se com o o bem-estar do próximos, pois você e ele vivem no mesmo campo.

As pessoas se frustram e não sabem lidar com isso, nem o por que isso ocorre. As pessoas adoecem.

Destros associam lado direito com bom e esquerdo com mau


             Lateralidade pode influir de forma inconsciente em nossas escolhas


   Ser destro ou canhoto significa mais que usar os membros do lado direito ou esquerdo do corpo com mais ou menos habilidade. Essa predominância pode influir de forma inconsciente em nossas escolhas, segundo a teoria da cognição incorporada – de acordo com essa hipótese, considerada por cientistas cognitivos de várias universidades, as ideias abstratas partem de experiências físicas do mundo externo. 
O psicólogo Daniel Casasanto, da Nova Escola de Pesquisa Social, em Nova York, analisou escolhas de voluntários em várias situações – quais objetos ou imagens preferiam, ou mesmo candidatos a vagas de emprego com que simpatizavam mais – e descobriu que os destros tendiam a associar características positivas a pessoas ou coisas que se encontravam a seu lado direito; com os canhotos, ocorre o oposto. Em outro estudo, Casasanto também observou que políticos costumam gesticular com a mão de seu lado dominante ao se promoverem, por exemplo, e com a outra ao rebaterem críticas ou se justificarem.
Em 2011, o psicólogo colocou em xeque a teoria de que a lateralidade é determinada geneticamente. Ele pediu a voluntários que jogassem dominó usando uma luva grossa e desconfortável em sua mão dominante e depois que escolhessem objetos e opinassem sobre pessoas. Descobriu que eles preferiram o que ou quem estava do lado de sua mão livre. E essa tendência já pode ser observada em crianças de 6 anos, como Casasanto relatou em artigo publicado na Cognitive Science. Ele e sua equipe perguntaram a elas que animais, entre desenhos apresentados aos pares, pareciam mais simpáticos ou mais espertos. Os destros quase sempre escolheram as imagens à direita, e os canhotos, as da esquerda. Também escolheram guardar seus brinquedos preferidos em caixas posicionadas a seu lado dominante. “Nosso pensamento é influenciado por interações com o mundo físico que nem imaginamos”, diz o psicólogo.

Como interagir com o disléxico em sala de aula



Uma educação para todos precisa valorizar a heterogeneidade, pois, a diversidade dinamiza os grupos, enriquece as relações e interações, levando a despertar no educando o desejo de se comprometer e aprender. Desta forma, a escola passa a ser um lugar privilegiado de encontro com o outro, para todos e para cada um, onde há respeito por pessoas diferentes.
É na escola que a dislexia, de fato, aparece. Há disléxicos que revelam suas dificuldades em outros ambientes e situações, mas nenhum deles se compara à escola, local onde a leitura e escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo valorizadas. Entretanto, a escola que conhecemos certamente não foi feita para o disléxico. Objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele. Não é por acaso que muitos portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos. E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se o fazem, astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigências burocráticas, as cobranças dos professores, as humilhações sofridas e, principalmente, as notas.
Neste contexto, o educador deve estar aberto para lidar com as diferenças, e como Frederic Litto, da Escola do Futuro da USP coloca, deve ser um estimulador do prazer de aprender, um alquimista em fazer o aluno enxergar o “contexto“ e o “sentido” e, um especialista em despertar a auto-estima. Para que isto ocorra, deve transformar a sala de aula em uma “oficina”, preparada para exercitar o raciocínio, isto é, onde os alunos possam aprender a ser objetivos, a mostrar liderança, resolver conflitos de opinião, a chegar a um denominador comum e obter uma ação construtiva. Sob este prisma, a interação com o aluno disléxico torna-se facilitada, pois, apesar do distúrbio de linguagem, este aluno apresenta potencial intelectual e cognitivo preservado; desta maneira estará sendo estimulado e respeitado, além de se favorecer um melhor desempenho.
A seguir estão algumas atitudes que podem facilitar a interação:
Dividir a aula em espaços de exposição, seguido de uma “discussão” e síntese ou jogo pedagógico;
Dar “dicas” e orientar o aluno como organizar-se e realizar as atividades na carteira;
Valorizar os acertos;
Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada por escrito, pois, seu ritmo pode ser mais lento, por apresentar dificuldade quanto à orientação e mapeamento espacial, entre outras razões;
Observar como ele faz as anotações da lousa e auxiliá-lo a se organizar;
Desenvolver hábitos que estimulem o aluno a fazer uso consciente de uma agenda, para recados e lembretes;
Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e objetiva e verificar se ele entendeu;
Permitir nas séries iniciais o uso de tabuadas, material dourado, ábaco, e para alunos que estão em séries mais avançadas, o uso de fórmulas, calculadora, gravador e outros recursos, sempre que necessário;
É equivocado insistir em exercícios de “fixação“: repetitivos e numerosos, isto não diminui sua dificuldade.
Levando-se em conta que o ensino, a aprendizagem e a avaliação constituem um ciclo articulado, deve-se para isso cumprir quatro perspectivas importantes:
Ser formativa Ser qualitativa Ser construtivista Multimeios
A inclusão do aluno disléxico na escola, como pessoa portadora de necessidade especial, está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos. A lei 9.394, de 20/12/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), por exemplo, prevê: que a escola o faça a partir do artigo 12, inciso I, no que diz respeito à elaboração e à execução da sua Proposta Pedagógica; que a escola deve prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento (inciso V); que se permita à escola organizar a educação básica em séries anuais, períodos semestrais e ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização (artigo 23); que a avaliação seja contínua e cumulativa, com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período (artigo 24, inciso V, a alínea a).
Diante de tais possibilidades, é possível construir uma Proposta Pedagógica e rever o Regimento Escolar considerando o aluno disléxico.
Na Proposta Pedagógica existem as seguintes possibilidades: Provas escritas, de caráter operatório, contendo questões objetivas e/ou dissertativas, realizadas individualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte; Provas orais, através de discurso ou argüições, realizadas individualmente ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte; Testes; Atividades práticas, tais como trabalhos variados, produzidos e apresentados através de diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo, pesquisa criatividade e experiências práticas, realizados individualmente ou em grupo, intra ou extra classe; Diários; Fichas avaliativas; Pareceres descritivos;
Observação de comportamento, tendo por base os valores e as atitudes identificados nos objetivos da escola (solidariedade, participação, responsabilidade, disciplina e ética).
É importante manter a comunidade educativa permanentemente informada a respeito da dislexia. Informações sobre eventos que tratam do assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores da dislexia, características desse distúrbio de aprendizagem, maneiras de ajudar o aluno disléxico na escola, etc.
Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial. Alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer amizade, a cooperação e a solidariedade.
O diagnóstico de dislexia traz sempre indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicopedagogia, psicologia...), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatado. Assim sendo, a escola precisa assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o(s) profissional(is) envolvido(s), tendo em vista a troca de experiências e de informações.
Os professores que trabalham com a classe desse aluno(a) devem saber da existência do quadro de dislexia. Quanto aos colegas, o critério é do aluno: se ele quiser contar para os companheiros que o faça.
Possíveis Dificuldades Enfrentadas Pelos Educadores:
Não há receita para trabalhar com alunos disléxicos. Assim, é preciso mais tempo e mais ocasiões para a troca de informações sobre os alunos, planejamento de atividades e elaboração de instrumentais de avaliação específicos; Relutância inicial (ou dificuldade) por parte de alguns professores para separar o comportamento do aluno disléxico das suas dificuldades;
Receio do professor em relação às normas burocráticas, aos companheiros de trabalho, aos colegas do aluno disléxico, familiares, etc.; Angústia do professor em relação ao nível de aprendizado do aluno e às suas condições para enfrentar o vestibular; Tempo necessário para cada professor percorrer a sua trajetória pessoal em relação a esta questão.
Procedimentos Básicos:
Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua discriminação; Use a linguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada e metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções, Fale olhando direto para ele. Isso ajuda e muito. Enriquece e favorece a comunicação; Traga-o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa ou à mesa de trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento, facilitar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos; Verifique sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele com segue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, os fatos? Repita sempre que preciso e apresente exemplos, se for necessário; Certifique-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário, etc. Não economize tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele; Observe discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes de apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas; Observe se ele está se integrando com os colegas. Geralmente o disléxico angaria simpatias entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece o relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem
esse fato. Com a devida distância, discreta e respeitosamente, deve contribuir para a inserção do disléxico no grupo-classe. Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de menos valia, para a qual a escola deu uma significativa contribuição. Cabe, portanto, a essa mesma escola, ajudá-lo a resgatar sua dignidade, a fortalecer seu ego, a (ri) construir sua auto-estima. Sugira-lhe “dicas”, “atalhos”, “jeitos de fazer”, “associações”... que o ajudem a lembrar-se de, a executar atividades ou a resolver problemas. Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.
Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são de difícil compreensão para ele. Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira dedutiva.
Permita, sugira e estimule o uso de gravador, tabuada, máquina de calcular, recursos da informática... Permita, sugira e estimule o uso de outras linguagens. O disléxico tem dificuldade para ler e entender o que lê. Assim sendo, Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas a tais alunos; Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente “Arial 11” ou “Times New Roman 12”), evitando-se misturar fontes e de tamanhos, sobretudo às manuscritas (itálicas e rebuscadas); Para avaliações ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundir o leitor; Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam o que se espera que seja feito (o que e como); Destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão(ões). Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados; Não utilize textos científicos ou literários (mormente os poéticos), que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra à oralidade; Evite estímulos visuais “estranhos” ao tema em questão; Se utilizar figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;
Dê preferência às avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão; Não indique livros apenas para leituras paralelas. Dê preferência a outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro, visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa ou assemelhado, recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;
Ao empregar questões de falso-verdadeiro: Construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas; Evite o uso da negativa e também de expressões absolutas; Construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma extensão; Inclua somente uma idéia em cada afirmação; Evite formular questões negativas:
Ao empregar questões de associações: Trate de um só assunto em cada questão; Redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos;
Ao empregar questões de lacuna: Use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença; Faça com que a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativas, que envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais – também chamados de “ferramentas”, e não a detalhes secundários; Conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula.
O disléxico tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual. Assim sendo, observe as direções da escrita (da esquerda para a direita e de cima para baixo) em todo o corpo da avaliação.
O disléxico tem dificuldade com a memória visual e/ou auditiva (o que lhe dificulta ou lhe impede de automatizar a leitura e escrita). Assim sendo, Repita o enunciado na(s) página(s), sempre que se fizer necessário; Não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas, fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu raciocínio ou na resolução do problema; Privilegie a avaliação de conceitos e de habilidades e não de definições; Permita a utilização da tabuada, calculadora, gravador, anotações, dicionários e outros registros durante as avaliações; Dê instruções curtas e simples (e uma de cada vez) para evitar confusões; Elabore questões em que o aluno possa demonstrar o que aprendeu completando , destacando, identificando.
O aluno disléxico ou com outras dificuldades de aprendizagem tende a ser lento (ou muito lento). Assim sendo, Dê mais tempo para realizar a prova; Possibilite a realização da prova num outro ambiente da escola (sala de orientação, biblioteca, sala de grupo); Elabore mais avaliações e com menos conteúdo, para que o aluno possa realizá-las num menor tempo.
Considere que o aluno disléxico já tem dificuldades para automatizar o código lingüístico da usa própria língua e isso se acentua em relação à língua estrangeira. Considerando que a avaliação tem a finalidade fundamental de adequar os processos didáticos às necessidades dos alunos (finalidade reguladora), devemos cada vez mais destacar a necessidade da auto-regulação dos alunos, para adequar os próprios processos de aprendizagem e poder aprender. Neste processo, a professora, os colegas e o próprio aluno, atuam como agentes, avaliando e refletindo sobre como se desenvolve a tarefa, para poder fazer os ajustes em suas estratégias de aprendizagem de maneira autônoma.
Alguns aspectos práticos a serem observados em relação à avaliação:
Avaliar continuamente (maior número de avaliações e menor número de conteúdo); Personalizar a avaliação sempre que possível. Desenhos, figuras, esquemas, gráficos e fluxogramas, ilustram, evocam lembranças, ou substituem muitas palavras e levam aos mesmos objetivos; Quando for idêntica a dos colegas, leia você mesmo(a), os enunciados em voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões; Durante a avaliação preste a assistência necessária, dê a ele chance de explicar oralmente o que não ficou claro por escrito e respeite o seu ritmo; Ao corrigi-la, valorize não só o que está explícito como também o implícito e adapte os critérios de correção para a sua realidade; Não faça anotações na folha da prova (sobretudo juízo de valor); Não registre a nota sem antes:
1. Retomar a prova com ele e verificar, oralmente, o que ele quis dizer com o que escreveu;
2. Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do(s) erro(s) cometido(s): Ex: Não entendeu o que leu e por isso não respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu, mas não soube aplicar o conceito ou a fórmula? Aplicou o conceito (ou a fórmula), mas desenvolveu o raciocínio de maneira errada? Em outras palavras: em que errou e por que errou?
3. Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens. Exigir que o disléxico comunique o que sabe, levante questões, proponha problemas e apresente soluções exclusivamente através da leitura e da escrita é violentá-lo; é, sobretudo, negar um direito – natural – de comunicar-se, de criar, de livre expressar-se.
Educador lembre-se que aqui estão alguns procedimentos para ajudá-lo na sua prática do dia-a-dia, sua experiência, seu feeling e seu compromisso com o ato de educar, também, irão pesar de forma significativa.

Autores do Texto: Psicóloga e Professora Ana Luiza Borba
Orientador Educacional e Prof.Mario Ângelo Braggio
Fonte Pesquisada : http://grupop6dislexia.pbworks.com/w/page/16292317/Como-lidar-com-o-aluno-disl%C3%A9xico-em-sala-de-aula-NOVO

Questionário de Situações - Domésticas - QSD


 O QSD apresenta várias vantagens. Por exemplo,  auxilia o profissional (a) na investigação clínica, permitindo que os pais se apoiem nas situações listadas para melhor descrever suas queixas em relação ao comportamento da criança; (b)na justificativa sobre a necessidade ou não de tratamento; e (c) no acompanhamento/monitoramento do tratamento proposto Para fins de pesquisa, o QSD apresenta ainda a vantagem de ser um instrumento psicométrico simples, porém, bem construído e validado e de fácil utilização.

Questionário de Situações - Domésticas – QSD

Nome da criança: ___________________________________________ Data:______________.
Nome da Pessoa que está preenchendo o formulário: __________________________________.
Instruções:
O seu filho apresenta algum problema em obedecer suas instruções, ordens ou regras em alguma dessas situações? Se afirmativo, por favor circule a palavra sim e depois circule o número ao lado da situação que descreve quão severo esse problema é para você.
Se o seu filho não apresenta problema na situação, circule Não e vá para a próxima situação do formulário.Situações Sim/ Não Se sim, quão severo? (circule um) Leve (circule um) Severo
1. Brincando sozinho
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2. Brincando com outra criança
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3. Durante as refeições
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
4. Para vestir-se/ despir-se
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5. Escovar dentes/ lavar as mãos
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
6. Tomando banho
 Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
7. Quando você está ao telefone
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8. Quanto você tem visitas em casa
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
9. Quando você está fazendo uma visita
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10. Em lugares públicos (restaurantes, lojas, igreja, etc.)
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
11. Quando o pai está em casa
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
12. Quando é pedido para que realize pequenas tarefas em casa
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
13. Quando é pedido para que faça a lição de casa
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
14. Na hora de dormir Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
15. No carro Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
16. Quando está com outros cuidadores que não os pais
Sim Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número total de situações problema _________________
Grau de severidade ____________

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Apurador
Fonte: Barkley, R. A. (1987). Defiant children: Parent-teacher assignments. New York: Guilford.