De acordo com a literatura, de uma maneira bem simples, podemos dizer
que o desenvolvimento cognitivo ou cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através
dos cinco sentidos. Porém, a cognição é mais do que simplesmente a aquisição de
conhecimento. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus
semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial.
Assim como o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento
psíquico das crianças tem lugar no processo de educação. Muito embora o que
determine diretamente o desenvolvimento do psiquismo de uma criança seja a sua
própria vida – ou seja, são suas condições reais de vida que fornecerão as oportunidades
esperadas para um desenvolvimento saudável ou agirão como facilitador de risco
para a saúde mental. Ou seja, as crianças que sobrevivem aos efeitos dos
agentes internos (riscos biológicos) acabam passando por situações de estresse
relativas às condições desfavoráveis em que vivem propiciadas, na sua maioria,
pela violência, mudanças na estrutura familiar e, em algumas áreas específicas,
pela diminuição do suprimento alimentar, ou seja, pela pobreza em si (agentes
externos).
Contudo, o desenvolvimento do psiquismo não
reflete de maneira automática tudo o que atua sobre a criança. O efeito dos
agentes externos, a influência da educação e do ensino, depende de como se
realizam estas influências e do terreno já anteriormente formado sobre o qual
recaem. Partindo desse pressuposto, arriscamos afirmar que o papel do ensino é
organizar a vida da criança, criar condições para seu desenvolvimento. E é graças
a esse ensino, organizado e dirigido pelo adulto, que a criança assimila um
amplo círculo de conhecimentos e aprende as habilidades socialmente elaboradas
e as formas de conduta criadas na sociedade.
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