Quando se fala em TDAH é comum se fazer associações
àquela criança que não para quieta, que é elétrica, que fala em excesso e
incomoda a beça. Por mais que se procure esclarecer que o transtorno se
caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, e que a
criança não precisa apresentar os três sintomas simultaneamente para ter o
transtorno, o sintoma que continua sendo alvo da preocupação de pais e educadores é a hiperatividade.
A criança
que apresenta apenas o sintoma da desatenção vai passando despercebida porque o
seu comportamento não chama a atenção, não incomoda. No entanto, embora a
hiperatividade incomode os pais, professores e outras crianças é o único
sintoma que tende a diminuir com a idade, apesar de muitos portadores de TDAH
continuarem apresentando ao longo da vida, uma movimentação corporal excessiva
e desnecessária.
Contudo, se com o passar do tempo a hiperatividade tende a diminuir, com
a desatenção o processo é contrário. Estudos
referem e as experiências comprovam que com a idade e a vinda de atividades de
maior demanda, como estudar e trabalhar, a dificuldade de atenção fica mais
evidente e mais fácil de ser percebida por todos e pelo próprio paciente. Quando
presente em maior grau provoca dificuldade importante no aprendizado e memória,
retenções e abandono escolar, com consequências muitas vezes irremediáveis para
outros setores como autoestima, relacionamento social etc.
Como sabedores de todos os prejuízos que esses sintomas, em associação
ou isoladamente, causam ao portador e, sobretudo como cuidadores desses
portadores, nos sentimos não só na responsabilidade, mas, na obrigação de
chamar a atenção dos pais e professores para estarem atentos, principalmente
neste início de ano letivo!
Por Francisca Maria Andrade
Psicopedagoga Clínica/ Especializanda em Neuropsicopedagogia
Coordenadora do Projeto de Intevenção TDAH na Escola
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