segunda-feira, 13 de maio de 2013

NEUROPSICOPEDAGOGIA


A Neurociência, aplicada à Psicopedagogia

Por Francisca Maria Alves de Andrade Sousa[1]

A Neurociência, aplicada à psicologia e à psicopedagogia clínica pensa o sujeito em suas dimensões neurológica, psicológica e cognitiva. Considerando, ainda, os aspectos afetivos e culturais mais relevantes para o processo de construção e organização do pensamento e, consequentemente, do conhecimento.
 Nesse contexto, a Neuropsicopedagogia, como um campo de estudo das neurociências voltada para as funções neurais envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, é de suma importância para a atuação do psicopedagogo clínico, porque permitirá a ele compreender como o cérebro se organiza. Pois, de acordo com estudos recentes na área das Neurociências, conhecer as funções cerebrais, saber que existem períodos críticos para a aquisição das habilidades cognitivas e emocionais, bem como as potencialidades e limitações do sistema nervoso, poderá tornar o seu trabalho mais significativo e eficiente, contribuindo para a compreensão das dificuldades que se apresentam no processo de ensino-aprendizagem.
Embora pautada em uma essência específica e diferenciada da Psicopedagogia, não são áreas distintas, mas, complementares. Não só pelo caráter interdisciplinar, mas, sobretudo, porque busca analisar, os processos cognitivos e as potencialidades pessoais, no plano individual ou coletivo e o perfil sócio – econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos  com baixo desempenho e que apresentam disfunções neural devido à lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquirida. (ROTTA Apud COSENZA, 2010).
À luz dos conhecimentos neurocientíficos, ou seja, considerando o funcionamento cerebral da criança e/ou adolescente, o Psicopedagogo poderá pensar estratégias de intervenção terapêutica no sentido de reabilitar deficiências, estimular habilidades com conhecimento de causa e de forma segura, levando sempre em consideração as diferentes fases do desenvolvimento infantil e a diversidade cerebral contribuindo assim, para as práticas inclusivas. E, ainda, realizando os encaminhamentos adequados a cada caso, já que também fazem parte do processo.


[1] Graduada em Letras/Português, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Especialista em Atendimento Educacional Especializado – AEE, Pós-graduanda em Neuropsicopedagogia.

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