A Neurociência, aplicada à Psicopedagogia
Por Francisca Maria Alves de Andrade Sousa[1]
A Neurociência, aplicada à psicologia e à psicopedagogia clínica
pensa o sujeito em suas dimensões
neurológica, psicológica e cognitiva. Considerando, ainda, os aspectos afetivos
e culturais mais relevantes para o processo de construção e organização do
pensamento e, consequentemente, do conhecimento.
Nesse contexto, a
Neuropsicopedagogia, como um campo de estudo das neurociências voltada para as funções neurais
envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, é de suma importância para a
atuação do psicopedagogo clínico, porque permitirá a ele compreender como o
cérebro se organiza. Pois, de acordo com estudos recentes na área das Neurociências,
conhecer as funções cerebrais, saber que existem períodos críticos para a
aquisição das habilidades cognitivas e emocionais, bem como as potencialidades
e limitações do sistema nervoso, poderá tornar o seu trabalho mais
significativo e eficiente, contribuindo para a compreensão das dificuldades que
se apresentam no processo de ensino-aprendizagem.
Embora pautada em uma essência específica e diferenciada da Psicopedagogia,
não são áreas distintas, mas, complementares. Não só pelo caráter interdisciplinar,
mas, sobretudo, porque busca analisar, os processos cognitivos e as
potencialidades pessoais, no plano individual ou coletivo e o perfil sócio –
econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica
frente aos educandos com
baixo desempenho e que apresentam disfunções neural devido à lesão neurológica de origem genética,
congênita ou adquirida. (ROTTA Apud COSENZA, 2010).
À luz dos
conhecimentos neurocientíficos, ou seja, considerando o funcionamento cerebral
da criança e/ou adolescente, o Psicopedagogo poderá pensar estratégias de
intervenção terapêutica no sentido de reabilitar deficiências, estimular
habilidades com conhecimento de causa e de forma segura, levando sempre em
consideração as diferentes fases do desenvolvimento infantil e a diversidade
cerebral contribuindo assim, para as práticas inclusivas. E, ainda, realizando
os encaminhamentos adequados a cada caso, já que também fazem parte do
processo.
[1]
Graduada em Letras/Português, Psicopedagoga Clínica e Institucional,
Especialista em Atendimento Educacional Especializado – AEE, Pós-graduanda em
Neuropsicopedagogia.
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